26/01/2024

Mario's Mystical Garden


Apesar de serem bonitas eu jamais parei pra analisar a beleza das flores. Tudo começou quando eu presentei uma amiga com uma rosa vermelha quando eu tinha dez anos. Parando pra pensar agora, flores carregam um valor realmente místico. Quem conhece sabe o que estou falando... porque eu não sei. Se você me levar pra um jardim e pedir o nome de dez flores eu vou ter dificuldade de identificar no máximo umas cinco. E nem me lembre de ervas porque pra mim é tudo pasto.

Hoje farei a análise de uma hack lançada em 2011 por um carinha muito maneiro chamado 2dareduck. E você sabe porque? Porque historicamente patos são irados. Alguns suportam coelhos desprezíveis e outros enfrentam cachorros durante caça ao pato... eles são sobreviventes, meu amigo! Bom, sem mais delongas vamos ao que interessa. Hi, I'm daisy!


A história é muito simples. O irmão do nosso herói ficou doente e a única coisa que pode curar-lo é a essência de uma flor rara. Mas para isso Mario vai embarcar em uma jornada em um jardim místico (daí o nome, cabeção) para poder salvar a vida da pessoa mais importante na vida dele. Pelo caminho o jogador vai encontrar inimigos dinâmicos bem chatos, referências ao jogo do macaco burro e participação especial do Sonic. Tudo isso em questão de 2 dias (mas na vida real é praticamente meia hora até porque a hack é bem curta). Aguenta firme, Luigi!

A apresentação é limpa e organizada. A primeira coisa que o jogador percebe é a qualidade da Title Screen, que... não é grande coisa (pelo menos o gráfico do Mario). A Status Bar foi editada pra remover informações não utilizadas pelo jogo, dando uma sensação diferente. Mario não possui quaisquer habilidade nova e Yoshi aparece de graça apenas em uma fase (e morre lá mesmo, pobre bicho). Para a minha surpresa o jogo não enrola o jogador: como não possui mapa uma fase termina e outra começa. Infelizmente o progresso reseta após a tela de The End.

Se a tela principal já é feia, imagine a primeira fase...
Mas não se preocupe, vai melhorar!

Não permita que as primeiras impressões negativem o seu julgamento. As primeiras 3 fases possuem sim um gráfico amador e colorido (o que pode afastar quem preza por bons gráficos... tipo eu) porém tudo isso lentamente muda após o surgimento de Sonic. O jogo começa a usar resources extraídas de outros jogos, fazendo justiça a maior inspiração do projeto que é Donkey Kong Country. A trilha sonora é boa mas sofre da qualidade dos ports da época. Não espere nada tão lindo ao ponto de gravar em um CD porque o que se ouve por aqui tava mais do que bom pra época.

O que prende o jogador mesmo é a criatividade e a execução de suas idéias. O jogo inteiro foca em um aspecto mais plataforma mas desafia o jogador com algumas mecânicas pra quebrar o marasmo. Em uma fase você está procurando água no deserto e em outra está rebimbando em vespas gigantes. O jogo em si não é difícil, apesar de que certas duas fases distantes uma da outra exijam mais cautela do jogador... sabe como é, precisão é tudo na vida. O chefão final me pegou de surpresa mas não aparenta ser tão difícil como se imagina. É questão de paciência.

Não disse? :)

Eu não vou mentir que desde 2014 eu passei longe dessa hack. Como jogador a primeira fase me causou uma péssima impressão que fez dar valor ás hacks da Gamma V. Entretanto a minha visão mudou após eu iniciar esse projeto de analisar hacks de Super Mario World pra Nintendo Purple. Como eu fui "forçado" a re-jogar eu descobri um potencial que naquela época não havia enxergado. Realmente não é um projeto que vai criar fãs mas não se pode negar que alguém se esforçou por aqui e fez o que foi possível pra criar uma experiência bacana... apesar de feia.

Essa hack está longe de ser boa o suficiente ao ponto de mandar fazer um cartucho repro (até porque todo mundo usa Flashcarts) mas eu recomendaria ao pessoal apenas para dar uma segunda chance ao projeto. Quem ama Kaizo vai pirar o cabeção em alguns momentos mas não ao ponto de pedir em casamento. Os mais casuais podem até gostar, principalmente se são fãs de DKC e nem imaginavam que era possível dar skip na primeira fase do Minecart.

Oh, minha nossa...
Luigi finalmente conseguiu realizar o sonho da casa própria!

Pontos Positivos:
+ Experiencia curta, direta ao ponto.
+ Cada fase possui algo diferente pra se fazer.
+ Chefão final é simples mas criativo.

Pontos Negativos:
- Apesar de limpo os gráficos são bem feios.
- Apesar de boas as músicas tem qualidade mediana.
- Ex-Animation vai mostrar a idade.

Sugestões:
* Consistência gráfica é importante.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

Um exemplo antigo do famoso "não julgue o livro pela capa".
Será que um remake seria possível? Não custa sonhar.

19/01/2024

The Lost Woods


Já parou pra pensar que quase todo jogo de videogame acontece alguma coisa importante dentro ou perto de um bosque ou uma floresta? Isso mesmo. Ás vezes a sua imensidão confunde até os mais bravos dos exploradores, obrigando-lhes a usar o seu manual de sobrevivência. E se você não possui um manual em mãos? Use o seu tutano, meu amigo. Florestas são mágicas e na maioria das vezes o intruso é você. Imagine um mundo sem árvores (se pelo menos elas dessem Wi-Fi).

A análise de hoje será de uma hack lançada por KING em meados de 2012.
Vamos? Sim, então vamos.


O plot é a coisa mais simples do mundo: Mario se perdeu na floresta. Agora o jogador (que é tu) tem o dever de direcionar o próprio encanador para a sua linda casa vermelha. Por mais que seja simples me lembra aqueles momentos quando você joga Minecraft e acaba explorando o local e, como não possui uma cama pra salvar o esconderijo acaba por passar a noite dentro da terra como um foragido internacional. 

Por falar nisso... poxa, o que estão fazendo com aquele jogo? 
Tá perdendo a identidade. Ahem--

O jogo inteiro se passa em uma floresta. Pra evitar a monotonia o desenvolvedor tentou usar gráficos diferentes para mostrar ao jogador que Mario estava se deslocando lentamente. Em geral os gráficos são bonitos (com exceção da floresta da Gamma V) e a adição de uma fonte nova pra HUD deixou tudo um pouco mais diferente. A trilha sonora por sua vez tem música populares pra época porém antigas o suficiente pra fazer o seu emulador explodir.
Quem poderia prever isso?


A dificuldade é alta: já no começo Mario tem que evitar pulos cegos e vários inimigos rápidos e pontiagudos. As fases em geral são abertas, possuem uma liberdade no movimento da câmera porém o uso das Munchers restringe a locomoção obrigando o jogador a ter cuidado onde pisa. Pra compensar a dificuldade as fases são bem curtas (mais curtas que as originais) o que causa um gostinho amargo de "Quem fez isso estava com pressa?". As Yoshi Coins não possuem nenhum incentivo para serem coletadas, logo acabei ignorando completamente.

O jogo não possui nenhum sprite novo se não for o próprio chefão: ele mesmo, Wood Man. E se você é um fã de Megaman que adora ação e muitos tiros... eu só lamento. Aqui o chefão anda lentamente, alternando entre triste e com raiva (parece até o Keanu Reeves). Se você é experiente já percebeu que estamos lidando com o infame Noob Custom Boss, uma das resources mais infames já feitas na comunidade. O usuário que tiver controle total dessa criatura pode criar as mais diversas aberrações que em geral acabam sempre fazendo a mesma coisa: cuspir muita marreta e perseguir o jogador.


Vamos imaginar que a experiência desse mod seja um salame. Ao invés de ser um daqueles salames bem grossos que a sua avó corta no café da tarde parece mais uma tripa de carne ressecada pendurada no açougue. The Lost Wood possui uma premissa simples mas infelizmente causa a impressão que foi feita ás pressas, se possível em um final de semana. As fases são curtas demais e não existe um motivo maior pra jogar-las novamente. Infelizmente não existe nada extraordinário ou criativo pra destacar este projeto dos demais. Pode até ser diferente mas é tudo muito básico.

O que é uma pena porque a hack tem potencial. Já imaginou as bizarrices que poderia acontecer dentro de uma floresta? Faltou um pouco mais de audácia por aqui. De qualquer forma não é possível recomendar essa hack á ninguém, a menos que o jogador seja curioso o suficiente pra ver o quão doce é o mel. É um projeto que ficou pelo caminho e possivelmente não vai agradar nem os amantes de Kaizo muito menos os casuais, principalmente quando ambos perceberem que "tem coisa faltando". Se você é do tipo que deseja perder tempo com algo satisfatório... quem sabe na próxima.

Acabou? Era só isso?

Pontos Positivos:
+ A trilha sonora é legal de ouvir (quando funciona).
+ Hack mais curta do que se imagina.

Pontos Negativos:
- Level Design interessante, mas pulos cegos atrapalham.
- A experiência em geral não é memorável.

Sugestões:
*Nada á declarar.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

Uma hack curta que carrega uma pequena chama de potencial.
Infelizmente parece que o autor acabou se perdendo também...

12/01/2024

Super Mario Place


Você já parou pra pensar como a primeira impressão é a mais importante? E pensar que isso também acontece no mundo dos games, principalmente quando estamos conhecendo um jogo pela primeira vez. Um trailer, uma screenshot, uma demo disponível para download. Não é a toa que a gurizada de hoje se apaixonou pela mentira que foi Cyberpunk da mesma forma que ficamos impressionados com o comercial de Donkey Kong Country. Miyamoto tem razão: Quem precisa de boa gameplay quando se tem bons gráficos? ele realmente disse isso...certo?

Hoje irei fazer análise de uma pioneira obscura chamada Super Mario Place, produzida em 2004 e lançada oficialmente em 2009 por Clockwork (toda vez que ouço esta palavra me lembro de leite e muita maldade). Uma hack das antigas que deu o que falar na época, acredito eu, por ser longa demais e desafiadora. Se tudo isso for verdade é agora mesmo que vamos confirmar (até porque eu cheguei na comunidade em 2014, sei de nada).


Antes de mais nada você precisa saber que a OST é inexistente. As músicas utilizadas aqui são as mesmas do jogo original, portanto, sem comentários. O que brilha mesmo é a criatividade do autor executada da forma mais ingênua possível. Tudo começa com o mesmo de sempre: Peach foi sequestrada por Bowser e agora o nosso herói deve resgatá-la. Só que a graça do enredo vem justamente no fato que isso rolou em uma quinta-feira. Segundo o autor o nosso herói odeia quinta feira... o que indica que Mario tava super bravo nesse dia.

Cada mapa possui uma seleção de fases. Algumas delas tem segredos (apesar do jogo não identificar usando o ponto vermelho) o que desperta o detetive no jogador. Mas não basta se jogar contra as paredes como em Wolfenstein, o jogador precisa de dicas. Para isso cada mapa possui uma fase especial  (lide como se fosse uma Yoshi House) com duas mensagens com enigmas e as fases correspondentes. Isso foi algo criativo porque se não houvesse esse tipo de fase somente com a ajuda de guias.

E não me façam lembrar dos horrores de Simon Quest (NES).
Espero terem feito bom uso daquela grana com as vendas de manuais.


De uma forma geral eu acredito que o level design do joguinho se destaca por aqui. Se você tentar ignorar os momentos ruins causados por péssimos visuais (já irei falar sobre) as fases são divertidas. Quase boa parte das fases usa câmera livre gerando um efeito similar ao de uma hack de SM64 (quando você luta contra a própria câmera). Entretanto nem toda fase é divertida devido á decisões questionáveis do próprio autor.

O jogo possui um mapa especial que trabalha da mesma forma que uma Star Road só que dessa vez é inspirada na saudosa Rainbow Road (Mario Kart). Aparentemente você só vai encontrar capinha nesse mapa e completando todas as fases vai destravar um prêmio especial. O problema disso tudo é que se você pegar o atalho de volta pra um lugar mais distante no jogo acaba ficando preso naquele mesmo mapa. Por essas e outras é que eu não gosto de trabalhar com o sistema original de revelar eventos.

Nem adianta rezar porque Deus não está aqui.

Essa é a parte negativa dos visuais do jogo. Tem stages que são lindos de se jogar, com um contraste maneiro mas a presença frequente de visuais feios estraga a experiência. Isso inclui gráficos originais bizarros feito no Paint, cores saturadas ao ponto de parecer Tinta Guache e bastante escuridão. Sim! O autor da hack adora apelar para as trevas porém a execução mais atrapalha a orientação do que ajuda. Quer um exemplo? Tem fase como a da imagem acima escura ao ponto dos inimigos serem escuros também, camuflando-se completamente.

Cola Caverns 4 é uma fase com o propósito de torturar o jogador. Um labirinto estreito em uma caverna com canos e P-Switches... tudo isso sem checkpoints ou uma indicação clara do que fazer (apesar que não entendi o gráfico do começo da fase). Twilight Highlands é outra fase frustante, dessa vez devido ao sumiço constante de sprites responsáveis pelo progresso do jogador. O pior disso tudo é que é um problema em hacks modernas, principalmente se ela for Kaizo.


Como se não fosse o suficiente cobrar todos os switches para acessar o mundo final (que é o principal) o castelo do Bowser é massivo. Para você ter uma noção o autor separou em três fases: as duas primeiras fases são dois complexos do castelo e o terceiro é a sala do trono. O problema desse tipo de fase é que além de serem extensas acabam obrigando o jogador á correr feito louco pois mesmo pegando o checkpoint ele vai acabar morrendo por falta de tempo.

O mais apropriado seria, nessa situação, era primeiro cobrar no máximo 3 switches (seria tipo 75% do requerimento geral) para acessar o mundo final. Lembrem-se que nem Super Mario 64 exigiu todas as estrelas pra chegar até o Bowser... é preciso deixar uma pequena quantia como "opcional". Agora não só as salas das fases do castelos são feias visualmente como são difíceis demais. São apertadas, escorregadias e a presença de alguns bugs atrapalham a experiência.


Se eu pudesse resumir esse projeto seria como se o autor tivesse saído para trabalhar/estudar com toda alegria do mundo mas ninguém, nem mesmo os vizinhos, tiveram a coragem de avisar ao cidadão que ele estava sem calças. Foi como se metade quisesse evitar que o garoto ficasse triste e a outra metade apenas queria ver o circo pegar fogo. No fim do dia ele foi preso por atentado ao pudor e só foi perceber a gravidade da situação dias depois.

Se você levar em consideração que possivelmente essa hack foi feita na época por uma criança é visível o potencial para um possível remake. Pra uma época em que imaginavam que seria possível ripar gráficos de outros jogos pro Lunar Magic desenhar os próprios gráficos foi ousado, mesmo que o resultado não fosse agradável. O level design foi afetado por decisões questionáveis e a dificuldade estava mais instável do que a saúde mental desse cara aqui
Mas hey: foi possível chegar até o final, certo? Já é alguma coisa.

Como podem ver não é o tipo de jogo que você recomenda pra alguém ou coloca na parede feito um colecionador de PS2 que acabou de comprar Kuon. Apesar de tudo isso eu consigo entender porque algumas pessoas tem carinho por esse projeto, como ironicamente podem entrar na categoria "gráficos ruins, boa gameplay". Eu arrisco dizer que se você tentou zerar Effortworld vai encontrar bons motivos para gostar bem mais de Super Mario Place.


Pontos Positivos:
+ Hack ingênua e bem humorada.
+ Algumas fases servem apenas pra revelar segredos.
+ Poderes agora são frutas.

Pontos Negativos:
- Gráficos originais são amadores, causando estranheza.
- Cores novas mais atrapalham visualmente do que embelezam.
- É possível morrer (sem saber) por causa do próprio jogo.
- Jogo é difícil pelos motivos errados.

Sugestões:
* Um remake seria ótimo.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

Uma hack feia, mas criativamente bizarra.
Apenas os fortes vão aguentar chegar até o final.

05/01/2024

Just Blob


Houve uma época muito legal na comunidade (que não presenciei) que o pessoal mais criativo teve a brilhante idéia de fazer hacks de SMW usando personagens originais. Inúmeras hacks surgiram porém boa parte delas acabou virando apenas uma demonstração com hype. Mas antes de Sicari conquistar o coração da galera em 2013 existia uma bolha vermelha chamada Blob.

Hoje mesmo (eu quis dizer AGORA) vamos conferir uma análise feita por mim mesmo de Just Blob, sucesso carismático produzido em 2008 e lançado super oficialmente em 2011 por TheDutchLuigi. Se a minha memória não me engana a hack de hoje foi a primeira hack completa com personagens originais publicada na SMWCentral. Mas chega de papo-furado: prepare o seu coração pois essa hack esbanja carisma, causando fortes emoções no coração da mulherada.


A hack é extremamente simples: você controla uma bolha vermelha chamada Blob e é seu dever derrotar o chefão final. Por que? Não faço ideia (apesar que o bolo no castelo seja referência á um jogo mais antigo que a própria hack.) Outra referência que consegui pegar foi um miado de gato japonês (coisa de weeb) escrito no mapa mas esse meme já cansou muita gente. Falando em meme vocês se lembram disso aqui? Não é Rick Roll, eu juro. :)

A apresentação da hack vai além. O visual dá a entender que o jogo se passa em um caderno escolar, como se um aluno criativo qualquer tivesse desinteressado na aula. Se a minha percepção estiver correta então os gráficos deixam um pouco á desejar. Talvez se o autor tivesse mais habilidade na época poderia executar algo mais Yoshi Island ou Kirby Dreamland 3 (ambos possuem um visual mais desenhado e infantil). Menção honrosa pro pillow shading.

A trilha sonora tem alguns sucessos e curiosamente de games que possivelmente inspiraram o autor do projeto. Por aqui vamos contemplar obras de arte desde isso e isso aqui até a mais legendária de todas (muito poderosa pra internet) PORÉM o que mata é a qualidade do port. Você sabe, hack antiga demais, era Zsnes... tem tudo pra dar errado. Para a nossa sorte emuladores modernos não explodiram dessa vez mas acostume-se com músicas baixas demais.

Não que isso vá matar alguém, claro.
Ou será que vai? O_O


O jogo em si não é difícil mas certas decisões do autor vai fazer o jogador dizer "Yeah, isso foi feito em 2010". Pra começar o jogador controla um sprite 16x16 que salta mais alto que o Luigi e todos os inimigos são seus clones. Alguns deles são inofensivos (como os cinzas) mas os azuis requer mais atenção pois na mesma fase pode haver que alguns deles sejam blindados. Em outras palavras o jogador só sabe quem é de mentira no pega pra capar, entendeu? Bichão é brabo.

As fases são divertidas e boa parte delas giram em torno de saltar em lugares bem altos. Em algumas fases é possível coletar corações que recuperam o seu HP (que inicia com três) porém o jogo é tão fácil que não vale a pena arriscar um hit pra recuperar-lo em seguida. Algumas fases usam blocos novos, como Wallkick e Shatter Block. Esse último bem utilizado devido ao fato que Blob consegue explodir esses blocos com cuspe. Bom, parece cuspe.

O chefão final (quero dizer ele é o único) não só é um cavaleiro como é um cubo azul sagaz. Ele surge após Blob cair em sua armadilha (lembram de Portal?) partindo sem questionamentos para uma batalha alucinante. Seus movimentos são rápidos e ele lança outros Blobs azuis contra você. Por mais que pareça desafiador o jogador ainda possui um sistema de HP pra compensar assim a batalha se torna mais fácil. Olhando novamente eu não entendi a razão daqueles blocos de Wallkick.


Eu diria que é uma hack que facilmente se diferencia das demais. Ela tem carisma e sua jogabilidade gera entretenimento o suficiente para que os erros amadores sejam perdoados. Dá pra ver claramente as intenções do autor e suas idéias foram executadas respeitando o seu limite. Mesmo que seja considerado um projeto simples ainda é lembrado carinhosamente pela comunidade como "a hack que tem o cenário de caderno e o protagonista é uma bolha vermelha".

Recomendo essa hack para todos jogadores. É verdade. Se você consome Kaizo diariamente então essa hack vai te deixar um pouco aborrecido já que ela é bem fácil. Agora se você consome hacks mais casuais então vai gostar bastante (se ignorar os inimigos posicionados estrategicamente pra te matar). É uma curta experiência que visualmente não chama tanta atenção como Bonny e Stranded, mas hey... Just Blob não é uma demo.

Você consegue morrer nos créditos.
Você consegue morrer nos créditos.

Pontos Positivos:
+ Just Blob.
+ Estética de caderno de desenho.
+ Jogabilidade simples, mas divertida.

Pontos Negativos:
- Parece mais uma demo do que hack completa.
- Pulos cegos são inevitáveis.

Sugestões:
* Experiencia poderia ser maior mas curto e grosso tá bom. :)

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

Eu não sei você mas eu chamo ele de Amoeba.
Sabe o que é? A massinha de brincar. É massa.