Mario's Ruined Seclusion

Imagem
Se existe um detalhe bobinho para o pessoal mais novato não querer cair de cabeça no mundo do SMWhacking é o medo de achar que todas hacks são iguais. E quando digo iguais me refiro ao receio de baixar uma hack bonita mas com uma dificuldade extrema ao ponto de acharem que é kaizo . Por essas e outras esse pessoal acaba ou jogando as hacks da Gamma V ou se divertindo com o jogo original. Selo purista de qualidade, meus amigos! Se você faz parte desse grupo não tenha mais medo. A resenha de hoje é de uma hack produzida e compartilhada pelo até então BlueSheep123 . O cidadão está á quase 10 anos na comunidade e só lançou esse jogo? Que coisa, minha gente. Seria possível uma hack ser bonita e ao mesmo tempo divertida? Seria possível expandir a qualidade Nintendo original? É o que veremos agora. Como podem ter percebido na imagem acima o autor não precisou pensar muito para que a aventura se tornasse real. Basicamente tava tudo normal quando Peach desaparece e aí você já viu. Mario agor

COLORS


Para quem contempla o mundo á nossa volta em mais de dez mil cores é possível se dar ao luxo de afirmar que não sabemos o que temos até perder. As primeiras televisões eram preto/branco e historicamente foi um choque quando a população viu tudo á cores. Enquanto isso existem pessoas como o meu pai... um daltônico. Ele não enxerga o mundo como um filme do Teixeirinha mas ás vezes me esqueço que ele não vê a cor certa. Com certeza rola alguns momentos engraçados em família (como ficar gritando quando semáforo fica vermelho ou quando você recebe uma camisa rosa de aniversário).

A resenha de hoje é de uma hack produzida e lançada por MolSno em meados de 2012. COLORS (como o próprio nome do projeto diz) se dedica em criar uma experiência através da exploração de cores. Como os gráficos são inúteis por aqui tudo que veremos são silhuetas que mais lembram um jogo de Atari (não espere boas notas nesse quesito). Sem mais delongas vamos ao que interessa, sim?


Mais breve do que esta resenha será a experiência do jogador. Isto é, se ele tiver bastante paciência ou habilidade para não desistir tão fácil. O projeto possui um formato SMB-like, algo não explorado na sua época. Não existem mapas: passou de uma fase avança para a próxima. Assim como no primeiro jogo do bigodudo cada Game Over dá um reset no seu progresso. Para alguns pode soar como normal investir quarenta minutos em um jogo sem salvar mas para outros será cansativo, principalmente com a presença de diversas armadilhas sacanas.

Logo no início da primeira fase o jogador é supreendido com um casco que surge fora do alcance da visão da câmera. Para alguns isso será interpretado como um Troll mas outros vão lidar como um aviso, que o jogo é assim e boa sorte quem não estiver preparado. Como esse projeto não possui cogumelos qualquer dano será fatal, redobrando o cuidado na hora de jogar. O objetivo do jogador é basicamente memorizar o que cada cor faz e interagir com elas sem morrer. Ao contrário da sua continuação a hack de hoje não possui vidas infinitas.

Achou ruim? O círculo se move.

Eu acredito que o jogo falha miseralvemente em dois quesitos: jogabilidade e visuais. Em jogabilidade tudo bem apostar em algo que lembre I Wanna Be The Guy, mas lembre-se que esse tipo de experiência possui um sistema de checkpoint e ausência de sistemas de vidas. O motivo? Porque a jogabilidade se torna menos frustante do que ela já é. O outro quesito é que seus gráficos não apenas são simples demais como seus efeitos causam tonturas em alguns jogadores. O HDMA da imagem acima infelizmente quase me fez vomitar... e essa é literalmente a segunda fase.

Entretanto o esforço compensa no momento que o jogador finalmente entra na porta do chefão final (quero dizer, ele é o único). A batalha é simples, mas criativa: Mario precisa esquivar de seus ataques coloridos que assim como peças de Tetris todas que possuem a mesma cor desaparecem no primeiro contato. O design do chefe é apenas uma silhueta do que parece ser uma mistura de bruxo com o Rayman. Acerte a cabeça dele quando estiver perto do chão e então a tela irá piscar loucamente até a cena de créditos surgir. Parabéns! Você zerou o jogo!


COLORS na teoria é um projeto criativo do qual o jogador não espera muita coisa. Não á dúvidas que o pessoal se lembre desta hack apenas pelo seus visuais, ignorando completamente o conteúdo do próprio jogo. Ser recebido com uma surpresa e ser obrigado a suportar seus pontos negativos é o que definem o projeto. Não sei ao certo quantas pessoas realmente chegaram até o final sem usar savestates. É uma experiência que deveria ser divertida mas acabou se tornando um teste de paciência no momento em que o injusto e o difícil se confundem.

Agradeço de coração por esta hack existir. Sem ela, COLORS 2 não teria sido feita. Infelizmente eu não consigo recomendar a hack de hoje porém recomendo que joguem a continuação. Eu afirmo isso antes mesmo de fazer uma resenha porque eu literalmente joguei a continuação antes da hack de hoje. Como conclusão eu penso que é um projeto mais direcionado á quem busca dificuldade e mesmo com seus tropeços pode se tornar um curto entretenimento. Jogadores casuais, entretanto, vão jogar duas fases e cair fora bem rápido. Mas acredite: não é por causa de suas habilidades.

Eu não quero voltar a jogar isso tão cedo.
:(

Pontos Positivos:
+ Conceito bem diferente pra época.
+ A luta do chefão é criativa demais.

Pontos Negativos:
- Maldito seja o efeito de lanterna do LEVEL 2.
- Nenhuma indicação do que está acontecendo (ou vai acontecer).
- Sistema de vidas só atrapalha a vida do jogador.
- Definitivamente não é uma boa experiência para daltônicos.

Sugestões:
* Nada a declarar.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

Nem todo mundo vai se lembrar do conteúdo do jogo.
Experimentem. É ver para crer.

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