Back To The Classics

SMW hack titlescreen download

Ahhh... os clássicos. Quem ainda se lembra da sensação de colocar Super Mario World pra funcionar no bom e velho Super Nintendo? As boas lembranças em família, a competição entre primos pra ver quem chega no Bowser primeiro (Star Road não vale). Ou caso você seja menos afortunado jogar Super Mario Bros no seu novo Polystation que sua avó querida te deu de natal achando que fosse um Playstation 1. Isso que é nostalgia, não é mesmo?

A hack de hoje foi produzida por um falante da lingua portuguesa (não sei se é brasileiro mas qualquer coisa estamos aí) chamado Spud Alpha. O objetivo da sua obra prima? Criar uma experiência que leve o jogador de volta aos clássicos da Nintendo. Se ele realmente conseguiu? Bom... é o que veremos na mais análise de hoje. Haja coração!


Pra início de conversa o projeto é bem simples. Mario iniciou uma aventura atrás de King Boo (Bowser estava de férias) mas o esquema é praticamente o mesmo de sempre. Ao invés de enfrentar outras tartarugas mutantes aqui você enfrenta fantasmas. Claro, em alguns momentos é possível encontrar Lemmy e Wendy mas essa dupla é famosa demais em hacks baunilhas. As batalhas são desafiadoras e algumas delas permite dar reset quando necessário.

A hack possui duas versões: uma com trilha sonora original e a outra com música baunilha. Como eu tive problemas pra jogar a versão com música nova acabei fazendo análise da outra mesmo. Mas não se engane pois ambas modificações possuem as mesmas edições. Além de um novo HUD colorido durante as fases o jogo possui uma apresentação bem mais colorida para o mapa, apesar que este não tem nenhum gráfico novo (o que é uma pena, realmente).


level design do projeto parece gostar muito de situações extremas. Ou a fase é apertada/comprimida com várias coisas acontecendo ao mesmo tempo ou é uma daquelas fases enormes á céu aberto onde é possível morrer sem saber onde está caindo. Em geral a posição dos inimigos é adequada pra situação, apesar que o autor tenha se precipitado na quantidade de inimigos por telas. Quando isso ocorre vem junto a lentidão, mas para nossa sorte mais ajuda do que atrapalha.

Outro detalhe que me chamou a atenção foi a presença de fases com uma dificuldade mais elevada (identificadas no mapa com uma exclamação). Se o jogador não quer experimentar aquela fase basta acessar um cano no início que o levará para a Goal Tape. Entretanto alguma dessas fases acabam se tornando mais fáceis do que fases comuns. Um belo exemplo seria mencionar Polar Path, uma fase infame com Layer 2 e Munchers que desafiam a gravidade.

Esse cara é bom de papo.

A experiência é ótima (mas não perfeita) até o momento em que o jogador sai do mapa principal. Os últimos três mapas possuem uma lenta perda considerável de qualidade. É como se o autor do projeto não soubesse a melhor maneira de elevar a dificuldade sem apelar ao injusto: lugares apertados com vários inimigos, saltos precisos entre Munchers e a presença de inimigos que disparam alguma coisa. Não existe incentivo pra achar segredos nesta hack.

O castelo final apesar de criativo me marcou de uma forma completamente negativa. Nesta fase o jogador deve superar várias salas pra abrir caminho ao chefão porém a dificuldade artificialmente absurda impede que alguém se divirta sem o uso de savestates (coisa que o autor deve ter usado bastante durante a produção da hack). Pelo pouco que verifiquei em arquivos da SMWCentral teve um pessoal que ficou super bolado com a hack. Crítica sincera, meus amigos.


Adorei a hack. Acredito que me diverti da mesma forma que o autor se divertiu produzindo-a. Entretanto toda essa alegria se tornou em decepção após chegar no penúltimo mundo. É possível ver erros bobos perdoáveis logo no começo do jogo mas após um tempo a dificuldade fica absurda o bastante pra não ser levada á sério. É uma experiência criativa, mas artificial. Muitos inimigos na mesma tela, lugares apertados... é possível ver até inimigos atravessarem o teto. Certamente uma experiência um tanto agridoce.

É possível entender a situação no momento que você descobre que o autor era uma criança que gostava de jogar no Zsnes usando savestate. Essa filosofia de jogador acabou criando uma expectativa negativa que mais tarde afetou o produto final. Com a qualidade que projetos modernos oferecem hoje em dia fica fácil esquecer projetos antigos como esse que, como o próprio autor afirmou, seria criar nostalgia em novos jogadores. Sua hack no entanto se tornou produto do próprio tempo.

Eu não recomendo esta hack, pelo contrário, eu sugiro atenção aos jogadores. Se você for alguém que acabou de zerar uma hack tradicional da Gamma V então bem provável que vai passar raiva antes de chegar na fase infame. Se você é um daqueles que come VIP no café da manhã então essa hack vai ser apenas uma sobremesa. Agora, se você adora Kaizo raíz (Kaizo Mario 1,2,3) então quem sabe as batalhas contra os chefes despertem a sua atenção.

Se você chegou até aqui nem precisa zerar o jogo.

Pontos Positivos:
+ Visual baunilha editado ao máximo pra sua época.
+ O jogo permite dar skip em algumas fases.
+ Castelos são únicos e interessantes (menos o último).

Pontos Negativos:
- O uso de trapaças (savestate) é indispensável.
- Alguns Trolls afetam o progresso.
- Ausência de checkpoints quando realmente necessário.
- Muitos inimigos na mesma tela causa lentidão.

Sugestões:
* Sempre bom testar o que faz antes de aprovar alguma coisa.
* Um Remake seria ótimo.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

Projeto impressionante se levar em consideração que uma criança fez isso.
Será que o cidadão ainda faz hacks de SMW?

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