O simbolismo de um portal, volta e meia considerado algo místico, foi usado em demasia ao longo dos anos. Antigamente se acreditava que era apenas a luz no fim do túnel. Depois imaginaram como um vórtex colorido. Em algumas animações japonesas os portais podem ter a aparência de um zíper. O importante é não se perder durante o caminho.
A hack de hoje foi produzida por um velho conhecido da comunidade internacional, o famoso Imamelia. Houve um tempo que esse cara fez um tal de Tessera Sprite Tool, mas isso não é importante agora. Prontos para conhecer mais um projeto casual? Vamos nessa.
Antes de mais nada precisamos levar em conta que esta hack foi feita para uma criança. Ok? Isso significa que a proposta é uma experiência mais fácil do que estamos acostumados. Sim, mais fácil do que os projetos da Gamma V. Quem nunca já fez alguma coisa pra uma criança só porque eles não paravam de encher o saco na reunião familiar de domingo?
Pois bem. A aventura de hoje estrela o querido Mario Verde, o que já torna a hack diferente das outras. O plot por aqui é que Luigi resolveu explorar alguns lugares através de portais, e para que ele possa chegar até Bowser será preciso encontrar diversas gemas. Estas gemas não servem apenas como Yoshi Coins: elas são como as estrelas mágicas do clássico Super Mario 64.
Enquanto a HUD aparenta ser normal os mapas continuam os mesmos. Eles foram editados, mas não agradam. Para ser honesto se fosse possível remover os mapas elevaria a experiência em geral. A edição na interface foi para representar tanto a coleta de gemas verdes por estágio como o novo e universal sistema de HP. Deu pra ver que o jogo é fácil, né?
Essa casa fantasma foi um inferno.
Não estou brincando.
Os visuais dos estágios agradam na medida do possível. Não são os melhores gráficos do mundo mas continuam diferindo dos originais. Estágios temáticos como o circo realmente se parecem com um e isso é o mais importante. A trilha sonora por sua vez não é das melhores: por mais agradável e nostálgico que pareça ser certas músicas enjoam após certo tempo.
A jogabilidade por aqui é tão variada como seus temas. Os estágios em si são abertos, cheios de salas para explorar. Ás vezes o estágio é simples demais porém investe em vários obstáculos no quesito plataforma. Outros estágios são abertos e vazios, como se o autor quisesse que o jogador não tivesse medo de explorar o jogo. Bom, isso justifica o sistema de HP.
O último estágio é literalmente o único estágio com uma luta. Você enfrenta Bowser de um jeito que por mais simples que pareça, foi até divertido. Mas foi só matar-lo que o jogo termina sem qualquer cena de crédito. Caso você retorne ao HUB vai perceber que um estágio especial estará disponível caso você tenha encontrado todas as gemas possíveis.
O estágio final é uma Star Road... que não parece uma.
Foi uma re-imaginação diferente. Gostei das artes feitas com moeda.
A sensação que fica é que o autor fez uma hack apenas pra deixar o sobrinho contente. Foi como se ele pudesse ter feito a melhor hack do mundo, mas como era pra uma criança ele não pensou duas vezes e fez apenas o mínimo. Pra falar a verdade, eu não tenho certeza se o autor não teve criatividade ou se foi mais um caso de desconexão entre material e artista.
Não é muito diferente de outros projetos incompletos do autor, apesar que nesse exemplo enxergamos uma certa dedicação no meio de uma apresentação banal. É como se o autor não acreditasse no próprio taco, como se ele estivesse fazendo algo por obrigação. Se você quer fazer algo e não receber nada em troca precisa ser de coração. O público percebe quando algo está errado.
Esse é o tal exemplo mencionado acima.
Observe o contraste entre plot e mecânicas.
Entretanto, a hack de hoje não é tão ruim assim. Por mais fácil que ela possa ser, alguns obstáculos vão testar a capacidade dos jogadores mais despreocupados. A ideia de explorar estágios em busca de gemas que acessam outros portais foi algo bem legal, apesar do fato de ser forçado a encontrar todas gemas de um estágio para abrir a próxima não seja tão legal assim.
Você já me viu repetir a mesma ladainha: nem mesmo em Super Mario 64 foi necessário coletar todas estrelas para prosseguir normalmente. Os desenvolvedores criaram uma folga para que os jogadores pudessem ignorar as estrelas das quais achavam mais difícil serem coletadas. Coletar todas as estrelas era opcional e mesmo assim, o jogo te dava um prêmio por isso.
Eu não tenho coragem de recomendar isso para alguém. Acredito que se eu fosse criança iria jogar qualquer hack, menos essa. Mas eu não sou uma criança, tampouco posso assumir o que se passa na mente dos filhos de outras pessoas. Seria estranho fora do ramo profissional... você entendeu. O melhor é todos vocês jogarem a hack de hoje. Tirem as próprias conclusões.
Definitivamente uma das piores resenhas já feitas por mim.
Qualquer dia desses eu re-avalio melhor.
Pontos Positivos:
+ Uma aventura estrelando o Mario Verde.
+ Colete gemas para destravar novos estágios.
+ Estágios possuem mecânicas únicas.
Pontos Negativos:
- A música do HUB enche o saco depois de um tempo.
- Fácil demais para veteranos.
- Mapas poderiam receber melhor tratamento visual.
- Progressão restrita, nada amigável.
Sugestões:
* Sem comentários...
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Dificuldade: ★☆☆☆☆
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Gráficos: ★★☆☆☆
Jogabilidade: ★★★☆☆
Trilha Sonora: ★★☆☆☆
Criatividade: ★★☆☆☆
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Nota final: ★★★★★☆☆☆☆☆
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Download: SMWcentral.net
Crianças não são burras... ou será que são?
Espero não enxergar nenhum quatro na próxima semana...
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