The Haunt


Eu sei que você deve estar se perguntando "O que diabos uma análise de Halloween depois do Natal e antes da virada do ano?". Então, yeah... ás vezes esse tipo de coisa acontece na vida e chega ser até poético se você parar pra pensar. Não que eu esteja escrevendo abobrinhas no começo dessa análise pra ocupar espaço o suficiente pra engatar a discussão (se eu realmente estivesse vocês iriam perceber) mas vocês entenderam a situação.

Sim. Eu estou enrolando vocês por hoje.
Mas hey: estou sendo honesto. Isso não é demais?

A análise de hoje será de uma hack (ou melhor dizendo, um stage) de terror vencedora de um concurso de Haloween produzida por CaseP lá em meados de 2008. The Haunt conta a linda história de um herói chamado Mario que foi passear no cemitério e foi amaldiçoado. Agora que ele ficou perdido e os fantasmas querem comer ele vivo o que será do nosso gordinho adorável?


O jogo possui dois segmentos. O primeiro você está explorando um cemitério entrando em tumbas abertas (não quero imaginar a razão por estarem abertas) e antes que você me pergunte as tumbas são como canos: pressione baixo pra ativar a Screen Exit. Além de ser apertado as cavernas são cheias de curvas o que torna mais variado se você lembrar que começou em um retão do cemitério.

Falando desse cemitério as arvores impedem o seu progresso (porque elas são sólidas) então o jogador é obrigado á acessar as tumbas até achar o caminho verdadeiro. Como já é de se imaginar toda escolha errada te leva pro começo o que pode gerar certa frustração em certos jogadores. Para tentar compensar essa situação o autor espalhou várias salas com cogumelos escondidos assim quem não tem tanta habilidade pode fazer a festa pra não morrer tanto.

O segundo segmento é dentro de uma mansão mal-assombrada. Pra variar existe muito sangue e corpos de outras vítimas dilaceradas como decoração. Em certo ponto uma caixa de mensagem informa o jogador que existe 2 finais e esse final vai depender do caminho que o Mario escolher. Apesar de escura a mansão é cheia de quebra-cabeças e outras armadilhas que alguns jogadores podem considerar cheap. Mas eles são fantasmas, certo? Fantasmas só querem se divertir.


Enquanto o segmento do cemitério tem bons gráficos e um contraste bacana tanto nos visuais como em sua jogabilidade a situação muda um pouco ao entrar na mansão. É um lugar escuro demais, com cores desbotadas e inimigos que mal dá pra ver direito. Em algumas salas dessa mansão o autor aproveitou a escuridão pra encher de buraco o suficiente pra matar curiosos desatentos (tipo eu). Apesar de lembrar o jogo original o gráfico da casa e outros objetos são novos também.

A trilha sonora adiciona uma bela imersão (apesar de quase fazer o emulador explodir). O cemitério começa com uma marimba/caixa de música e ao entrar na mansão o jogo troca pra algo mais intenso, como se fosse um aviso que Mario não é bem vindo por ali.

E como não poderia faltar o jogo possui dois finais, um ruim e outro bom. Enquanto o caminho bom só é conquistado após derrotar o fantasma que criou a maldição o caminho ruim é literalmente um buraco sem fundo no qual Mario cai eternamente até encontrar uma Goal Orb. Até achar esse treco verde que avança de fase o jogador vai se deparar com imagens assustadoras de alta qualidade. Não se preocupe: ninguém vai berrar na sua cara.


É uma experiência bem breve pra dizer as verdade mas como a hack possui segredos e dois finais acaba por incrementar o valor replay. Antigamente nesses eventos de level design era comum participarem enviando uma fase extremamente longa, como se os juízes estivessem jogando uma... Micro Hack (se esse termo não existe agora existe) o que pra mim era uma oportunidade do participante enlouquecer de vez e criar a melhor experiencia possível para um evento.

Infelizmente hoje em dia os juízes estão bem mais cansados desse tipo de coisa, exigindo por regra em eventos de level design que a sua fase deve ser jogável em menos de 5 minutos e se possível com algum patch que adiciona vidas infinitas. Na minha opinião essa regra limita a criatividade dos criadores uma vez que cada entrada é interpretada como uma experiência nova e como ninguém vai montar uma ROM colaborativa acaba se tornando desnecessário.

Eu recomendo essa hack pra todos amantes de terror... ou simplesmente se você tem saudades ou até curiosidade em saber como as coisas eram feitas á muito tempo atrás. Não é uma experiência difícil mas que vai enganar os mais desatentos (e culpar os fantasmas mais tarde). Apenas tenha cuidado ao pegar o final ruim pra não ter um ataque epilético (culpa do Zsnes).

"Aí parceiro tem um Mau-Bouro aí?"

Pontos Positivos:
+ É um clássico.
+ Experiência breve mas divertida.
+ Imagens assustadoras de boa qualidade.

Pontos Negativos:
- Escuridão adiciona dificuldade artificial.
- Alguns públicos podem ter reações adversas ao gore.

Sugestões:
* Hack poderia ter segredos mais criativos.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

A última análise de 2023 é uma hack de horror.
Depois do Natal? Imagine algo mais poético que isso.

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