The Lost Land 3


Os antigos diziam que o número três era algo místico... divino. Muitas coisas na história surgiram de uma tríplice: Reis Magos, A Aliança, Os Mosqueteiros (tudo bem que eles eram quatro mas quem se importa). O mesmo acontece com qualquer produção em série. Você conhece a maldição do número três? Dizem que todo jogo, filme ou álbum musical produzido entra em declínio após o terceiro lançamento. Estou olhando pra você mesmo, Slipknot.

O projeto de hoje foi produzido e lançado por Tahixham usando outro nome em 2012.
Recomendo que leiam a resenha de The Lost Land 2 clicando aqui.


A aventura inicia com o herói mais uma vez entrando pelo cano (literalmente). Luigi continua com o mesmo objetivo das edições anteriores porém em terras desconhecidas. Por conveniência Bowser também se encontra por aqui (o que é previsível) mas ao que parece Mario foi capturado e não consegue fugir. Resumindo a introdução é a mesma das duas edições anteriores... nenhuma novidade no enredo por aqui. É bem coisa que a Nintendo faria.

Apesar de usar a mesma HUD sem o nome do jogador (vocês entenderão o motivo daqui a pouco) o jogo introduz um cobiçado sistema de mensagens, dando a impressão que o teu projeto é tão descolado quanto Secret Of Mana. É um ASM bem robusto pra fazer funcionar então dou os créditos adicionais ao autor. Se você que faz hack ficou interessado clique bem aqui. Agora o mapa do projeto é bem simples, bem quadradão. Usa os gráficos originais e suas cores não chamam tanta a atenção apesar de ser funcional como deve ser.


Os visuais correspondem ao resumo acima. É uma combinação ousada porque combina o original do jogo com artes feitas por outras pessoas. Muitas coisas possuem texturas novas e até o gradiente que se mistura com as nuvens tem um gráfico diferente. Hoje em dia pode não ser grande coisa mas acredito que nessa época era novidade, principalmente se as mudanças foram desenhadas pelo próprio autor. A trilha sonora não é perfeita mas é boa demais.

A jogabilidade por outro lado não inovou tanto, fora a tentativa de elevar sua dificuldade. Muitos buracos, inimigos grudados e até o infame cuspe infernal de bolas de fogo deixa a vida de jogadores mais tranquilos.... errr, agitada. O jogo começa fácil (com alguns picos artificiais) mas é só chegar na fase do deserto que o autor lentamente apela. O jogador está chegando perto do castelo final, portanto é bom se preparar com o que vem por aí...


A última fase do joguinho é o castelo do Bowser verdadeiro. Para que você possa resgatar Mario é preciso coletar estrelas dentro de 4 portas. Cada porta leva pra uma versão Lost Levels de alguma fase já feita, cada uma com uma estrela. Já não basta a quarta porta ser a mais difícil se o jogador tentar fazer a ordem reversa a estrela desaparece na primeira porta. O que enfurece mais o jogador é que duas dessas portas são bem difíceis e se o jogador acabar morrendo vai ser necessário jogar tudo novamente já que não existe checkpoint nem mesmo depois dessa fubanga.

Se existe um ultimato pra dar rage quit... é esse.
O que é uma pena pois existe conteúdo após os créditos.

Para o meu espanto o conteúdo pós-créditos é mais agradável do que o próprio começo da aventura. Luigi acessa um cano, retornando para o Reino do Cogumelo com seu irmão. Após encontrar uma rota secreta no bosque Rex, finalmente os irmãos retornam pra casa. Mas é aí que vem a surpresa: é possível re-jogar o jogo inteiro selecionando o bigodudo vermelho. Um prêmio especial porém não existe um incentivo maior pra sofrer novamente. Mas espere... seria isso uma piada? Uma referência a um certo meme? Seria genial se estivesse correto.


Eu diria que após tudo isso The Lost Land 3 tem cara mais de protótipo do que um produto completo. O jogo apresenta várias idéias mas jamais explora realmente todo o seu potencial. O poder do Tanuki só presta pra não passar raiva na fase do deserto e a Fireflower continua sendo essencial pra dizimar inimigos que cospem projéteis. Em comparação, admito que me diverti bem mais com a edição anterior (mas isso é completamente subjetivo).

Para ser honesto eu não me diverti como eu imaginava. A hack de hoje prometia superar as edições anteriores mas acabou repetindo os mesmos erros. A diferença é que agora ela está visualmente mais apelativa, mas... isso realmente faz diferença?  Não tenho certeza se o pessoal do Kaizo vai se interessar realmente e tampouco os mais tradicionais vão considerar memorável. Definitivamente o potencial estava ali, mas... fazer o que?

Você só pode estar de brincadeira comigo...

Pontos Positivos:
+ Experiência breve e desafiadora.
+ Gráficos originais carismáticos.
+ Novos poderes e mecânicas.

Pontos Negativos:
- Dificuldade drástica nas últimas fases.
- Gráficos originais não possuem um apelo visual.

Sugestões:
* Apresente menos mecânicas, aproveite as que já possui.
* Relaxar na quantidade de inimigos seria bom.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

No final das contas uma experiência interessante, mas cansativa.
Quem sabe as coisas possam mudar em uma quarta continuação?

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