28/08/2024

RESUMÃO: C3 Summer 2024


Se lembram da E3? Aquele evento aguardado por muitos jogadores pra ver se a Nintendo ia lançar alguma coisa boa só para mais tarde ver mais do mesmo? Hoje em dia existe internet, peixe grande não precisa mais de evento pra se promover. Mas não é disso que vamos falar hoje e sim do maior evento da principal comunidade de SMWhacking, a C3. Todos os membros podem criar tópicos pra divulgar algum projeto durante cinco dias, é bem divertido. No fim do evento a comunidade elege através de votos quem se destacou em diversas categorias. Legal, né?

O tema do evento foi uma sátira reminiscente do bom e velho web design dos anos 2000. Muitos de vocês sabem (ou não) mas quando a internet era uma terra sem lei não tinha um site que era feio para os padrões atuais. Se era possível fazer no Word 2003 era possível criar uma página na web e ainda dizer que era designer. Por mais que a ideia seja criativa prejudicou bastante para ler os tópicos, mas não impediu do pessoal interagir. Rolaram algumas surpresas e aqui estou trazendo aquele resumão básico para aqueles que perderam o melhor da festa.

Mas vamos ao que interessa.
Vamos dar uma olhada no que rolou de bom por lá dessa vez.

SMW hacks Standard:

War Tank Mario World: Por acaso você já imaginou controlar um Panzer durante o jogo mais querido do Super Nintendo? Dark Prince usou suas habilidades para trazer ao mundo uma nova experiência ao jogo original. É absurdo, mas vale a pena!
MORE Super Mario World: Não suficiente com a pancada de estágios presentes no jogo original Segment1Zone2 adicionou mais cinco. Mas ele promete que no futuro vai adicionar mais, é tipo um patch que expande a experiência e... ah! Sei lá, cara.
Super Mario Bros 3.: Isso mesmo! Parece que alguém resolveu converter em alta escala aquele jogo do All Stars para dentro do SMW. Como isso é possível? Não importa. O que importa é que isso existe e ainda se encontra em desenvolvimento.
Mushroom Kingdom Unit: Alguns vão se lembrar da série de televisão, outros vão reconhecer por causa que algum streamer jogou em live, mas esta hack é um dos crossover mais interessante no momento. Desta vez a ROM recebeu novos detalhes, melhorando a experiência. Confira!
The Crater ReTold: Skewer está cada vez mais perto de compartilhar o seu projeto que diga-se de passagem possui gráficos maravilhosos. Não apenas isso mas ele mostrou algumas coisas legais que aguardam os curiosos na versão final. Que demais!


Project D.O.L.L.S: Não curte kaizo? Não curte ação? Sem problemas! O usuário Jordan resolveu compartilhar o seu projeto que foca em algo mais tranquilo. Uma aventura cheia de mistério e exploração, prontinha para você (tenho que jogar-la mais tarde).
Paranormal Saga: Caso você seja completamente o contrário do caso anterior então esta hack vai saciar os seus desejos por dificuldade. A premissa gira em torno da mistura do tradicional com glitches, então se essa é a sua praia então tira a roupa que o banho é certo!
Wombo Combo: Heitor, o brasileiro que criou aquela hack do castelo, anunciou o seu mais novo projeto. Não se sabe muito sobre mas tudo indica que terá uma história e bastante cutscenes. Ah! Ele atualizou a dita cuja, caso você foi um dos que reclamaram que a primeira hack dele estava curta demais. Bom... divirtam-se!
Unlearn: Se lembram meses atrás na entrevista com Blind Devil que ele iria lançar em breve a sua mais nova e louca SMW hack? Pois bem a hora é agora. Não seja tímido e faça a sua parte experimentando uma experiência que vai girar a sua cabeça do avesso.
Super Luigi Land 2: E por último a legendária Gamma V anuncia a continuação de outra hack de sua autoria. As primeiras impressões não agradam quem deseja ver algo diferente mas fãs de longa data já sabem o que lhe esperam. Demo compartilhada, então... jogue! Jogue! Jogue!

SMW hacks Kaizo/Pit:

Super Marisa Adventure 2: Gosta de Touhou? Gosta de Kaizo? Então essa combinação pra lá de maluca vai alegrar as suas tardes chatas de sábado. Ela é a continuação de outra que não vingou tanto, mas... e daí? Saiu do forno, meu chapa! Se não a Nitori vai puxar seu pé.
I Wanna Be The ROM hack: Se lembram daquele jogo que muitos youtubers jogavam pra ar rage forçado ao vivo? Então, alguém muito na manha resolveu converter (ou pelo menos fazer algo similar) usando a engine do SMW. Que foi? Tá com medo de passar raiva de novo? XD
Foxx BGG World: Eu não sou furry, mas esta hack possui um charme que só ela. Já imaginou testar suas habilidades com uma raposinha que não é o Tails? Oh! O autor disponibilizou duas versões, uma fácil e outra bem mais difícil. Belos GIFs, diga-se de passagem.
Bunny Bunny Panic: Tá certo! Esta hack não é de SMW mas por valor dê créditos ao autor. Não é todo dia que você encontra na web algo tão fofo assim, ainda mais usando a engine do SMB2 americano (o famoso Doki Doki Panic). Dá vontade de comer as imagens, muito bom.

Resources públicas:
Isso mesmo, Zampari.
Jamais deixe de ser você mesmo!

Rykon-V73 Rips: Este usuário conhecido na comunidade por se encarregar de fazer altos rips gráficos se superou mais uma vez com outra penca de material para eu e você usarmos. Lembrando que ele criou três tópicos, este link é apenas um deles.
Zampari's C3 Academia: O brasileiro provou ser o mestre da loucura mais uma vez criando um tópico que mistura o anuncio de mais uma hack do projeto Luigi's Misadventure e uma penca de gráficos de alta qualidade para eu e você usarmos em nossos projetos.

Lazy Ports: Outra vez o membro Lazy compartilhou músicas exclusivas para os ROMhackers de plantão.
Rick Roll: Não se deixe ser enganado pelo nome do tópico porque Ladiesman veio pra compartilhar mais de 32 ports de alta qualidade.
Daizo's BRR Request: Se você sempre quis que alguém ripasse aquele wav porque você tinha preguiça, bom... Daizo faz pra você!

Russ' ASM Request: O usuário Russianman decidiu reservar seu tempo livre para atender pedidos do público. Desta vez ele compartilhou sprites feitos durante o evento com o tema de plantas. Se você quer baixar algum sprite novo faça agora... ah! Os sprites são PIXI, ok?
Codfish1002 C3 Sprites: Outro usuário resolveu compartilhar suas criações, desta vez inspirada em DKC. Na verdade, os sprites são uma réplica presentes no jogo então se você é um daqueles que possui idéias malucas envolvendo bananas o momento é agora. Aproveitem!

Outras coisas legais:

The Second Project Reality 3: Ninguém imaginaria que um dos autores legendários de uma das hacks mais populares da comunidade retornaria um dia pra anunciar e compartilhar imagens da terceira e até então última hack do Projeto Realidade. Quem te viu, quem te vê!
Miracflecmor: Após muito tempo Blind Devil compartilha o seu mais novo projeto musical. Pensou que o cara só fazia hack? Pensou rude. Por favor, experimente a vibe do sujeito que não é todo dia que você encontra um músico indie assim.
CYBER HAZE: Quem disse que brasileiro não sabe fazer coisa boa? Com tanta criatividade assim é questão de tempo para alguém como LucasMegaStriker compartilhar em suas redes sociais o seu mais novo projeto de videogame. Curte aqueles vídeos de anime com música lenta? Então dá uma olhada porque você pode gostar do joguinho (só não tem anime).
Super Mario Zeal: Curte jogar aqueles episódios de SMBX? Então saiba que FireSeraphin trouxe ao mundo um dos projetos mais bonitinhos e divertido possível. Eu sei que tenho que perder a mania de achar tudo fofo mas por favor, experimente o jogo! Aposto que vão se divertir.
The Swarm Comic: Não sei do que se trata, apenas vi as imagens. Mas sabe como é, quadrinho é quadrinho e como artista esse tipo de material merece receber atenção. Se você tá afim de ler alguma coisa nova e de graça então sinta-se em casa por aqui.

Ferramentas e outras novidades:
Não tinha foto melhor que essa.

MushROM: Parece que alguém tomou coragem e resolveu fazer o que parece ser um editor para aquele remake do Super Mario Bros presente no Mario All-Stars.
Callisto: Atualização da ferramenta Callisto.
AddmusicKFF: Atualização da ferramenta AddmusicKFF.
HI: O lendário Erik voltou dos quintos dos infernos para compartilhar a sua mais nova ferramenta capaz de introduzir de forma prática sprites no mapa.

Shitpost:

Wallpaper Review: Exatamente o que está pensando. Compartilhe a sua área de trabalho do computador com a galera e receba uma nota de 1-10. É um bom momento pra mostrar ao mundo que gosta de carros, mulheres, jogos ou porque não uma anime girl de idade questionável? Bem vindo ao velho-oeste da internet, meu amigo! YEEE-WAAHH.
Music Taste Review: Como se não bastasse agora também é possível receber nota de 1-10 compartilhando sua música predileta. Se você é fã de bandas super cristãs como Clawfinger ou Cannibal Corpse esse foi o melhor momento para receber uma advertência da staff. Gosto é gosto, ué!
Berry Questions: Esse carinha aqui da Arábia Saudita resolveu criar um tópico só pra responder perguntas relacionada a mecânica do evento. Mas por que?


Lembrando, minha gente, que este foi apenas um resumão do evento. Quem esteve lá presente(?) viu bem mais coisa interessante, não deu pra colocar tudo nesta matéria. Neste momento não é mais possível criar tópicos, mas ainda dá tempo de deixar a sua interação, o seu comentário em algum deles. Lembrando que para isso é preciso ser membro da SMWC. Não fique triste pois daqui a seis meses tem mais.

E isso é tudo pessoal.
Até a próxima C3! :D

23/08/2024

Hack 2


Se existe algo bem comentado dentro da comunidade de modificadores de Super Mario World são as saídas secretas. O que são, onde vivem e do que se alimentam são perguntas básicas. O que nós queremos saber é como e onde usar. A resposta mais aceitável seria orientar o criador á incentivar o jogador a explorar a tal fase que liberá outra mais louca ainda. Infelizmente alguns simplesmente dizem "quero mais saídas na minha hack porque aí o jogo fica + pika" e no fim a tal fase secreta faz uma meia lua direcionando o jogador pra uma fase que já aberta. Selo de qualidade De fã Pra Fã.

HACK 2 é a segunda entrada da série produzida por GoldenYoshi em 2013.
Recomendo ler também a resenha da hack anterior clicando aqui.


A primeira coisa que podemos notar de diferente é a sua apresentação. Os visuais que antes eram baunilha dão lugar a uma mistura deliciosa de gráficos personalizados, gráficos estes desenhados por diversos artistas. Alguns deles são originais, outros foram extraídos de algum jogo bacana. Infelizmente Mario e o mapa continuam a mesma coisa. Gostei da combinação de azul com rosa que causa uma sensação de uma experiência mais doce. Entretanto a quantidade exacerbada de pontos vermelhos no mapa parecem dizer o contrário. Que contraste curioso, não?

As regras do jogo foram modificadas pensando na experiência do jogador. Como podem ter visto o HUD está um pouco diferente: o cronômetro e o sistema de vidas foram removidos. Isto significa que você poderá morrer inúmeras vezes sem ter que ficar retornando pro menu principal. Como capricho a interface possui uma fonte modificada, bem mais elegante (apesar de simples). A fonte das caixas de informações permaneceram intactas para não afetar a leitura.

A proposta é similar ao jogo anterior: Mario precisa superar todos os estágios possíveis para chegar até a torre do seu inimigo. Para a minha surpresa a experiência aqui é bem mais não-linear, com mais de dez estágios disponíveis no começo do jogo para você jogar na ordem que desejar. Como a torre já se encontra acessível no começo o autor implementou então um sistema de contador de saídas. Ou seja: para acessar a torre será preciso encontrar as duas saídas de cada estágio do projeto. Que mania o pessoal tem de cobrar 100% de alguma coisa? Nem SM64 fez isso.


RIGHT ONE é um estágio com uma premissa similar á outra chamada NEAT-O. Por aqui o seu progresso depende exclusivamente de apertar um botão do controle na hora exata, trocando ou invocando algum inimigo ou bloco. Enquanto um é uma caverna cheia de kaizo blocks a outra se encontra no céu, elevando a dificuldade devido ao abismo. Coletar a saída secreta em ambas foi um pouco chato mas nada de tão alarmante.

DA BOMB é um estágio curioso porque cada salto custa uma moeda. É bem mais estratégico, funcionando bem mais como um quebra-cabeça do que ação pura. É curioso porque hoje em dia já vi usarem a mesma ideia, porém ironizando DLC e microtransações. Naquele tempo esse tipo de coisa não era uma ameaça (se você ignorar o absurdo do Double Dragon III) mas sabe como é: quando bate o desespero essa gente vende até a mãe.

COOL BEANS é um estágio desafiador e ao mesmo tempo desesperador. O objetivo é atravessar um enorme rio de lava usando uma asa de anjo. Ao invés do Mario voar ele dá inúmeros saltos no ar, como se fosse o Flappy Bird. Como a pena vai desaparecer em alguns segundos o jogador vai ter que ser rápido e contar com a sorte para não levar dano de alguma coisa no meio do caminho. Eu gostei deste estágio, ficou show de bola.

ACES é um estágio que requer atenção, destreza e paciência. O seu objetivo é chegar no final desviando de todas as coisas que te matam antes que o cronômetro chegue á zero. Por mais que eu tenha gostado da estética na prática todo esse desafio me deixou irritado. Tá certo que é impossível pegar game-over mas a sensação de obter progresso demora bastante porque o jogador precisa ficar memorizando novos obstáculos no gelo.

Caso tenha curiosidade, esta é a ordem do mais fácil até o mais difícil.
DA BOMB > RIGHT ON > COOL BEANS > NEAT-O > ACES


BANGIN é um estágio simples. Tudo que o jogador precisa fazer é chegar vivo até o final alternando entre salto normal e o famoso spinjump. A estética é bacana, o autor acertou em cheio na decisão de escolher justamente este estágio para representar o menu principal. É tudo alegre e bonito. Entretanto a coisa vai ficar feia se o jogador não tomar cuidado com os obstáculos rápidos que encontrar pelo caminho. O salto final merece atenção (só avisando).

SPIFFY é a famosa casa fantasma porém desta vez na vertical. Mario precisa chegar até o topo comendo cogumelos fantasmas para poder atravessar certas paredes que apenas fantasmas conseguem atravessar. O problema disso tudo é que o autor usou o mesmo gráfico para ambas paredes, deixando a parede fantasma um pouco mais clara. Eu diria que os inimigos se encontram perfeitamente posicionados exigindo que o jogador salte precisamente mas não chega ser um incômodo. Quero dizer, o jogador vai acabar morrendo duas ou três vezes mas pelo menos não é um labirinto com portas.

DOPE é sem dúvidas o estágio mais fácil de toda a hack. Chega ser até hilário. Tudo que o jogador precisa fazer é correr atrás de um bolo com pernas. Apenas isso. Não existe nenhum obstáculo tão perigoso que te impeça de conseguir esta proeza antes mesmo do bolo começar á correr. Como eu gosto de chocolate achei a estética bem fofa e divertida. Aqui está o meu selo Legal Bem Loko de qualidade porque este estágio merece.

TIGHT é onde as piadas comunistas ressurgem como uma chicotada na vida do bigodudo. Não basta a fase ser vermelha aqui o nosso herói só pode avançar para esquerda. Assim como DA BOMB por aqui o jogador pode sentir tudo, menos ter pressa. Qualquer movimento mal planejado irá obrigá-lo a recomeçar o desafio já que é quase impossível cometer suicídio. Eu gostei da fase, adoro tons quentes porque me lembra o verão. Ah, o verão...

FLY é de longe a experiência mais mista do projeto. Ou você considera o desafio a coisa mais legal do mundo ou simplesmente a coisa mais chata já feita pelo ser humano. Basicamente é um estágio com várias salas/etapas. Para se obter progresso é necessário fazer saltos consecutivos nos inimigos presentes. Se o jogador errar o combo não tem choro nem vela, meu amigo: só tentando até conseguir. Eu gostei do estágio, principalmente como o autor escondeu a saída secreta.

Caso tenha curiosidade, esta é a ordem do mais fácil até o mais difícil.
DOPE > TIGHT > FLY > BANGIN > SPIFFY

Mario dando uma folga pro inimigo tomar remédio.
Parece até aquela cena do NARUTO.

Eu não vou mentir que a recompensa por ter feito 100% foi uma bela surpresa. Se no jogo anterior você era recompensado com um desafio sacana aqui é diferente: é literalmente um parque de diversões! Existem algumas brincadeiras, um poleiro com alguns prêmios e algumas participações especiais em forma de NPC. Eu diria que muitos jogadores não vão se quer perceber quem cada NPC representa mas se você for membro da SMWC desde o começo vai reconhecer alguns rostos e quem sabe sentir saudades de outra era. Infelizmente eu não reconheci ninguém. :(

De quebra o jogador poderá destravar três finais ruins, porém bem engraçados. Para isso o jogador terá que vencer todos os mini-games, recebendo uma Happy Coin. Como existe apenas três opções é lógico que o jogador vai deduzir que tem coisa faltando. O segredo se encontra no topo da fase, onde um Toad te espera com um bilhete premiado que duplica o valor das suas moedinhas. Retorne até o prêmio de seis moedas e divirta-se com um final especial.


Olhando de uma visão mais ampla eu gostei do projeto. Acredito que é uma bela evolução da receita criada pelo autor na primeira edição. Entretanto tanto entusiasmo em trazer o melhor em pouco tempo acabou por exigir bastante dos jogadores. Não me refiro aos momentos de precisão mas sim das saídas secretas. Tá certo que o projeto é antigo mas como é horrível a sensação de retornar semanas depois para não ter a noção do próprio progresso. Parece até que o autor queria que o jogador encontrasse as 20 saídas em questão de horas e diga-se de passagem não é tão gratificante assim.

Não tem muito o que eu possa falar, já falei o que era pra ser dito. É um jogo criativo que mesmo não sendo perfeito irá proporcionar algumas horas de diversão. Se você for um daqueles jogadores casuais que prefere algo mais tranquilo talvez se divirta por aqui, mesmo passando sufoco em certos momentos. Agora se você for um daqueles jogadores que buscam exercitar suas habilidades motoras através de desafios criativos tenho certeza que irá se divertir. 

Graças a Deus alguém fez uma piada com o Minecart.
Você sabe... toda hack tradicional tem uma fase assim.

Pontos Positivos:
+ Mesma coisa do jogo anterior, mas melhor.
+ Criativamente desafiadora.
+ A recompensa final é refrescante.

Pontos Negativos:
- Certa precisão irá desmotivar os mais novatos.
- Sem indicador de saídas secretas/normais.

Sugestões:
* Exigir 50% ou 75% das saídas seria mais adequado do que 100%.
* Tenta pegar mais leve com esse lance de precisão na próxima hack.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

Exaustiva pra quem tem pressa, desafiadora pra quem merece.
Pelo menos a hack é engraçada... certo, Louie?

16/08/2024

#thathack


Você pode não acreditar mas jogos são maravilhosos. Quero dizer, video-games são maravilhosos. Parece até um velho de cem anos dizendo isso mas "no meu tempo" os jogos uniam a gurizada. Dava pra entender um pouco mais da outra pessoa pela quantidade e os tipos de cartuchos que os pais compravam. A melhor parte era ter amigos que emprestavam os jogos pra você na sexta, assim os seus pais não precisavam gastar com uma nova. Hoje em dia, com o avanço da internet e a função multi-jogador, os jogadores se encontram cada vez mais distantes e solitários. Ah! Os bons tempos...

A hack de hoje foi produzida e compartilhada na SMWC pelo infame Levelengine. Se você não conhece o cara ele era tipo o Angry Video Game Nerd da comunidade internacional de SMW. Sabe aquele vídeo de quase 10 anos onde ele lista as piores modificações de Mario World? Pois é, ele mesmo. Me pergunto o que aconteceu com ele... bom, acontece! Sem mais delongas, vamos ao que interessa.


Começamos a resenha comentando sobre a curiosa proposta da hack. Certo dia outro membro da comunidade criou um evento de level design no qual os participantes deveriam produzir uma mini-hack de Super Mario World. Por alguma razão o autor não pensou em um nome interessante então tacou um hashtag pra ver se bombava na internet. Se lembram quando o Twitter não incomodava ninguém? Pois é, faz muito tempo. A primeira vista não parece nada demais mas considero até criativo quando se descobre o que levou o autor a colocar este nome.

Como é um projeto pequeno temos aqui doze estágios que em teoria não possuem nenhuma conexão com algum plot mirabolante. O foco por aqui é o próprio level design, com fases bem apertadas. Facilmente o jogador se verá em situações desafiadoras que vão testar suas habilidades. Não é nada tão injusto como se imagina mas pode acreditar que jogadores mais casuais vão usar bastante o poder reserva. Ao contrário de hacks modernas que apelam pra uma demonstração de ASM a hack de hoje oferece usando o que o jogo base tem de melhor.


A apresentação visual é bem mista. Ás vezes tem alguns momentos massavéio (COOL) que gera entusiasmo no jogador só para mais tarde surgir alguns momentos praquêmeo (WTF). Por exemplo: as quatros primeiras fases são bem legais, com destaque para a segunda que surpreende o jogador com uma homenagem bobinha ao clássico SMB1. Mas é só na quarta fase que o autor mostra que sabe tomar decisões questionáveis com uma sessão no interior escuro da mina e logo depois, na fase do cemitério, com raios feitos com ex-animation.

A trilha sonora por sua vez infelizmente não é grande coisa. Para ser honesto se você julgar pela qualidade do porting parece que a hack de hoje foi feita em 2004... quero dizer, tudo leva a crer que o autor fez isto em 2012. Bom... pelo menos tem música de Touhou. Como se não bastasse tem estágios que a música é mais baixa e outros bem mais alta do que o normal. O caso mais grave se encontra na torre com uma recepção de estourar os ouvidos.


Mas é só chegar no sétimo estágio que a coisa começa a pegar fogo. Para avançar Mario precisa atravessar um portal dimensional cheio de obstáculos que não deixam o jogador descansar. Se você achou isso difícil certamente vai passar raiva nas próximas fases. Com tanta coisa coisa acontecendo ao mesmo tempo se torna um sofrimento coletar as Yoshi Coins. O ritmo do jogo desacelera violentamente e se antes você tinha pressa agora não tem mais. As chances de perder todas as vidas aumentam, o jogo se torna brutal. É possível ver alguns obstáculos inspirados em Kaizo Mario mas não é importante agora.

Certamente se o jogador conseguiu chegar até aqui as chances de zerar o jogo aumentam, mas... não é bem assim. O castelo final foi uma tortura. Imagine ter apenas 15 segundos para avançar uma sala de uma gauntlet gigantesca enquanto o jogo tenta te cegar lentamente. São quase vinte salas até o checkpoint mas mesmo assim parece uma eternidade porque se torna absurdo. Não basta o jogo te cegar gradativamente o nível de precisão dos seus movimentos é extremamente alto. Oh, você errou a porta? Que pena, você morreu.

Caso o jogador tenha a habilidade ou a paciência necessária para aguentar tamanha pressão será  presenteado com um estágio mais tranquilo, como se fosse um bônus. Entretanto se torna evidente que o autor fez as mais longas com o uso de savestate em mente. Existem momentos de ação alucinante separados por algum lugar seguro. O jogo não tem final e simplesmente não te dá parabéns, muito menos te deixa salvar depois de toda essa brutalidade.


Eu gostei do projeto mas acredito não ser especial o suficiente para causar boas memórias. É uma experiência brutal devido ao fator cheap incluso pelo autor. Inúmeros inimigos ao mesmo tempo desafiam seus reflexos e sequências cegas desafiam a sua memória. O jogo realmente te odeia e faz de tudo para poder te matar. Esta é a graça e aqueles jogadores que não aceitam as regras vão acabar nadando em um mar de frustração. Não que o jogador seja ruim, mas que as regras do jogo acabam beneficiando os donos da casa. Aqui só tem chute no saco e gira-teta, meu amigo.

Por se tratar de uma experiência mista acredito que a hack de hoje pode não chamar tanta atenção daqueles jogadores que se importam com uma aventura tradicional. Agora se o jogador busca testar as habilidades e quem sabe tem interesse em migrar pra Kaizo a hack de hoje será um belo rito de passagem. Entretanto é preciso tomar cuidado porque o autor parece gostar de ver o jogador passando raiva. Boa sorte se vai jogar no celular via touch...

Acreditam que alguém olhou pra isso e pensou que seria divertido?
Pelo menos o efeito ficou legal pra época.

Pontos Positivos:
+ Uma mini-hack pra quem não tem pressa.
+ Brutalmente desafiadora.
+ Cada estágio possui um tema diferente.

Pontos Negativos:
- Alguns inimigos se escondem atrás de decorações.
- Coletar Yoshi Coins se torna irrelevante.

Sugestões:
* Sem comentários.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

Uma experiência brutal (pelos motivos errados).
Ou seria motivos certos? Já nem sei mais agora.

09/08/2024

K-16: Story Of Steel


Se existe algo realmente chato é descobrir que as resenhas que você um dia escreveu foram apagadas por alguma razão. Quero dizer, não basta a pessoa jogar e prestar atenção em cada detalhe: algum dia a pessoa vai ter que escrever um textão enorme novamente. Oh! O seu laptop pegou fogo? Que pena... agora você possui uma resenha com trechos em branco. O engraçado é que ao ler o rascunho final parece que são duas pessoas que escreveram a resenha. Se vocês estão perguntando como eu consegui esta proeza saibam que certo dia eu atualizei a BIOS... e aí a memória RAM... yeah, você já viu tudo.

Pra você entender o que acontece nesta hack você precisa zerar Sicari (2013) primeiro.
Para mais informações clique bem aqui.


A história faz mais sentido para aqueles que zeraram a prequel da versão original. Scarlet, a vilã da hack, perdeu o irmão em um confronto contra Sicari que sem dó chutou o saco do cara tão forte que ele virou purpurina. Como vingança Scarlet abriu um buraco negro massivo no espaço na tentativa de matar Sicari e de quebra exterminar a raça humana. Como Sicari não consegue respirar no espaço (afinal ela é humana) a heroína enviou a sua amiga K-16, uma androide misteriosa com sangue nos olhos. E assim inicia a história do jogo de hoje.

O sistema de cinemática, agora moderno, foi programado pelo lendário Blind Devil. Se o jogador quiser se informar sobre a lore existe várias caixas de informação pelo jogo. Eu diria que pra época existe bastante cinemática, principalmente antes do confronto com chefes ou qualquer momento trivial. O problema da narrativa é que tudo se torna um mistério. Os chefes falam algumas bobagens e a heroína simplesmente não consegue compreender nada. É como se o próprio jogo desse mais perguntas do que respostas ao jogador. Sem querer-querendo o jogador acaba por se desinteressar pelo enredo.


O jogo mal inicia e podemos ver o pontapé artístico inicial do autor da hack. Ao contrário do jogo anterior temos aqui um mapa espacial ilustrando o caminho pelo qual a protagonista deverá explorar. Não parece ser muito para os dias de hoje mas para sua época acredito que estava ótimo. Os gráficos são originais, principalmente a arte de K-16. O que não entendo era a intenção do autor com os três quadros na borda: será que ele tinha intenção de modificar através de eventos na época? Quem sabe. Pra quem é artista brincar com ASM é coisa de louco.

Logo na primeira fase percebemos um certo upgrade em relação ao HUD. Enquanto em Sicari parece um manuscrito com letra de médico aqui a situação fica mais tecnológica. Diria até, se possível, que me lembra um pouco do jogo Alien III. Devido ao seu verde ficou um pouco mais fácil identificar as informações em boa parte das fases, apesar de que o jogador irá prestar mais atenção nos obstáculos. O jogo agora introduz bastante lore, mas para quem tem pressa o importante é a sua jogabilidade. Veremos agora como o jogo se saí em relação aos outros quesitos.


No jogo anterior todos os personagens estavam cabeçudos demais, com uma aparência que mais parecia Chibi (vulgo SD/Super Deformed). Tudo bem, os personagens por aqui continuam cabeçudos porém é possível ver que o autor evoluiu um pouco suas habilidades visuais. Em Sicari era quase impossível distinguir chão do cenário mas aqui a experiência melhorou muito. A arte continua com um apelo um tanto cru, digno de quem está começando a desenhar. Quer um exemplo? Dá uma olhada nessa abundância de contornos pretos...

Entretanto visualmente o que mais me indigna é que o autor cometeu alguns deslizes visuais já vistos no jogo anterior. Um belo exemplo são espinhos como decoração, com a diferença de que aqui os espinhos estão bem mais bonitos. O jogo parece seguir um limitado conjunto de cores que não fazem justiça para o SNES. Sinceramente o apelo visual varia entre NES e SEGA Genesis. Não que a monocromia seja ruim mas quando a fase é pra ser azul será TODA AZUL. Pouco foram os stages que usaram várias cores e o console é bem mais capaz do que isto.

Momento Kaizo Mario.

De uma maneira geral o Level Design cumpre o seu papel, desafiando cada vez mais o jogador com desafios que variam entre o justo e a mais pura sacanagem. É como se o autor tivesse dificuldade (veja a ironia) em elevar a dificuldade da experiência. Entretanto se torna quase impossível reclamar da mesmice quando o Layout das fases foram criados com foco total em ação. Se você é fã de Megaman vai se sentir em casa por aqui, com certeza.

A trilha sonora por sua vez é boa mas envelheceu pra dedéu. Em tese quando um projeto possui uma seleção editadas de alguns sucessos como Sonic 2 e DuckTales não se imagina que um dia o jogador vai querer jogar com a televisão no MUDO. As músicas são boas, mas o que estraga é a qualidade do port. Bom saber que esta série é uma das poucas que trocaram boa parte dos SFX. Não é a toa que alguns jogadores se confundem com um jogo original!


Por mais que o jogo compense com uma experiência digamos mais agradável do que o jogo anterior ainda sofre com decisões questionáveis. Tá certo que o projeto é antigo mas o janky por aqui não é brincadeira. Os inimigos parecem não dar tempo do jogador respirar nos últimos mundos, apesar que esta é o menor dos problemas. Os chefes vão causar uma bela dor de cabeça com uma péssima hitbox e um HP três vezes maior do que o seu. Se torna frustante esquivar dos golpes rápidos dos chefes ao mesmo tempo que precisa contar com a sorte ao acertá-los com um salto.

Como jogador digo que senti falta de corações ou qualquer coisa que recuperasse a vida de K-16 antes de enfrentar os chefes. Além de não existir nenhum coração disponível, tampouco o checkpoint compensa em alguma coisa. Diria que seria mais viável entrar na fase dos chefes com corações reservas mas se torna frustante no momento em que você descobre que o coração apenas restaura 1/5 do HP enquanto os inimigos removem 3/5 do seu HP com cada golpe. A verdade é que apelar pra savestates não é desculpa, entende? Complica bastante a experiência no console.


O último mapa é similar ao jogo anterior, mas ao invés de invadir vários segmentos de um castelo você vai destruir uma nave espacial de dar inveja na Samus. O sistema de defesa na nave usa muito tiro então se você for um daqueles jogadores que não conseguiu matar um chefe no Megaman... só lamento. O clima esquenta por aqui e qualquer descuido vai matar o protagonista. São várias fases curtas, cada uma com um propósito diferente.

Mas sabe o que parece durar uma eternidade? A penúltima fase Redfang Engines. O jogador é obrigado a vencer os obstáculos para poder enfrentar um chefe já visto anteriormente na hack. Entretanto o jogador tem que ter a destreza de fazer isso quatro vezes seguidas... sem salvar! Como se isso não fosse o suficiente a última fase é dedicada para o chefe final. A batalha é alucinante e até impressionante pra época: com vários estágios de combate e tudo mais. Só que eu acabei rindo quando percebi que a música épica escolhida pra forma final da vilã é a lendária Trying To Be Epic.

Quero dizer... Scarlet realmente tentou ser épica.
Só que infelizmente Diagonal Mario 2 veio pra suprimir memórias.


Eu vou ser honesto (como sempre fui) com todos vocês. Se você comparar a hack de hoje com o Remaster eu prefiro jogar o Remaster. Agora se você comparar com a versão original de Sicari eu prefiro jogar a hack de hoje. Os visuais são mais chamativos, as músicas são mais legais de se ouvir e o jogo possui bem mais ação, com focos em tiros. Infelizmente a dificuldade se eleva drasticamente perto do fim do jogo e haja paciência para aqueles que desejam evitar trapaças.

É um projeto que mesmo melhorando em vários quesitos ainda continua errando em outros detalhes mais bobinhos. Detalhes bobinhos que sem querer incrementam a dificuldade artificialmente. É uma hack desafiadora mas acabou ficando mais complicada do que aparenta. Se você manja dos Kaizo a experiência vai soar interessante agora se você é um daqueles casuais vai acabar comendo poeira. Eu consigo enxergar o povo usando savestate da metade pro final.

Observem a ausência de emoções de alguém que eliminou uma colônia espacial.
Vocês sabiam que o jogo tem loja? Eu só descobri depois que zerei.

Pontos Positivos:
+ A hack possui uma jogabilidade focada em disparos.
+ Personagens novos? Lore original.
+ O chefe final é interessante pra época de lançamento.

Pontos Negativos:
- Dificuldade artificial pra expandir a experiência.
- As duas últimas fases vão exigir um pouco mais do jogador.

Sugestões:
* Jamais use espinhos como decoração. Por favor.

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Dificuldade:                      
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Gráficos:                           
Jogabilidade:                    
Trilha Sonora:                  
Criatividade:                    
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Nota final:         
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Download: SMWcentral.net

Agora que contemplamos a experiencia raiz chegou a vez do Remaster.
Mas esta resenha fica para outro dia...

05/08/2024

Uma notícia boa e uma notícia ruim

Olá, caros leitores da Nintendo Purple.
Como estão hoje? Espero que estejam bem.

Aproveito o momento de hoje para dar uma boa notícia á respeito do website e outra notícia não tão positiva assim (apesar que esta não se refere a NP). Bom, vamos começar pela má notícia: aparentemente uma dos titãs do cenário ROMhacking vai fechar as portas após vinte anos de atividades. Não se sabe ao certo o que levou  a administração atual da ROMhacking.net a escolher tal decisão mas "fontes" indicam que conflitos internos e outras bobagens envolvendo Ego sejam a influência principal. Mas não é hora de apontar culpados... o que vai acontecer com o legado histórico?

No momento atual o backup oferecido pela administração se encontra na Internet Archive. Muitos não sabem mas este website luta na justiça faz anos para manter todos os arquivos históricos salvos, arquivos estes enviados por diversas pessoas que acredito eu realmente se importam com o material. O que preocupa é que se um dia eles perderem vão ter que fechar o website e inúmeros TB de apostilas, softwares, vídeos e documentos viram memórias. Se você acha que as coisas vão durar pra sempre só porque estão na internet é melhor começar a refletir um pouco.


A segunda notícia de hoje é bem mais alegre.
Como podem ver a Nintendo Purple possui diversas categorias com conteúdo diverso. Como responsável pelo website eu anuncio de antemão que em breve uma das categorias irá desaparecer... quero dizer, ela vai dar espaço para outra bem mais interessante. Sobre o que se trata essa categoria ainda é um mistério mas quem me conhece de longa data não ficará surpreso com o novo conteúdo. Curiosos? Aguardem!